quarta-feira, 4 de maio de 2011

 

Tolerância é uma palavra muito “fashion”, muito actual e os “tolerantes” desfilam-na orgulhosamente da boca para fora. É fascinante verificar o quanto ela é utilizada para manter conversas que se desfiam longamente sem conclusões à vista. Em atitudes hipócritas, desempenhando bem o seu papel, para defenderem os seus “mundinhos” religiosamente. “Tolerante sim, mas desde que a tua atitude não invada o meu território ou a tua opinião não me enerve”. Mas tolerância não é nada disso! Tolerância, no dicionário é igual a: condescendência ou indulgência para com aquilo que não se quer ou não se pode impedir. Também é boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões contrárias às suas. Uma vez assim decifrado o sinónimo da palavra tolerante e das atitudes tolerantes, vamos colocá-la à luz da Palavra de Deus. Jesus é o nosso exemplo! O que tem Ele a dizer sobre a tolerância e a razão de se ser tolerante? É um facto de que Jesus era convidado para festas e banquetes em casa de pessoas que não eram seus seguidores e convivia com eles. Mas sabemos o que Ele fazia nessas festas: pregava o evangelho da salvação para todos:

Então Levi ofereceu um grande banquete a Jesus em sua casa. Havia muita gente comendo com eles: publicanos e outras pessoas. Mas os fariseus e aqueles mestres da lei que eram da mesma facção queixaram-se aos discípulos de Jesus: “Por que vocês comem e bebem com publicanos e ‘pecadores’?” Jesus lhes respondeu: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”.(Lucas 5: 29 a 32).

Fico assim convicta de que Jesus não era condescendente com o caminho que esses pecadores e publicanos trilhavam e queria impedi-los de continuarem no caminho da perdição. Por outro lado, imaginem um convidado vosso, dizer-vos durante um jantar em vossas casas: ”Arrependam-se porque o Reino dos céus está próximo”; que comentário mais intolerante e desagradável para se fazer quando todos se tentam divertir.
O capítulo 23 do evangelho de Mateus é um capítulo recheado de comentários indulgentes e tolerantes feitos por Jesus, aos mestres da lei e fariseus, ou seja, ás autoridades religiosas do seu tempo. Nesse relato Jesus chama-os de “mestres da lei e fariseus hipócritas “ cerca de sete vezes. Também os acusa de serem cegos espiritualmente e de conduzirem as pessoas à mesma cegueira. E ainda os chama de “serpentes” e de serem uma “raça de víboras condenadas ao inferno”. Cada vez que leio esta passagem na Bíblia, tento imaginar o tom de voz de Jesus nesta conversa. Terá sido com um tom amável, suave e baixo para “não incomodar” os mestres da lei e fariseus hipócritas? Que desagradável que é chamar nomes às pessoas e acusá-las de irem para o inferno. O que falaria Jesus, para os “mestres da lei” actuais que ensinam que a Palavra de Deus, que é a Bíblia, é incompleta e insuficiente para se conhecer Deus; que Maria, mãe de Jesus é tão ou mais importante do que Ele próprio; que Jesus é um arcanjo; que o culto a imagens não ofende a Deus; que o Seu Nome não tem mais poder; de que Ele não é o único mediador entre Deus e os homens porque existe um homem que se intitula Papa, que também o é; de que o Seu sacrifício na cruz não foi completo para a salvação das nossas almas, porque existe um local de purificação de almas após a morte terrena, chamado purgatório, que completa o sacrifício de Jesus; beatificações, procissões, reencarnações, etc, etc. Tanta doutrina, tanto ritual que não se encontra na Palavra de Deus. Iria Jesus ser tolerante e indulgente com essas pessoas que se recusam a obedecer aos Seus mandamentos e ensinamentos?

Hipócritas! Bem profetizou Isaías acerca de vocês, dizendo: “ ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens’ ”. (Mateus 15: 7 a 9)

Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo. Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar”. (Mateus 18: 5,6)

Não encontro muita tolerância nas posições, atitudes e ensinos de Jesus. Não encontro tolerância quando Ele afirma: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento” (Mateus 22:37). Se só posso adorar Deus como posso ser tolerante com os deuses das outras religiões e seus ensinamentos diferentes do que está escrito na Bíblia? Se só posso adorar Deus com todas a minhas forças e dedicação como posso ser tolerante com a adoração ou veneração a outras coisas ou pessoas, que não Ele? Jesus também ensina: “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22:39). Estará finalmente Jesus a ensinar a nos tornarmos tolerantes com as diferentes crenças dos outros mesmo que sejam nossos familiares ou amigos? Jesus afirma peremptoriamente acerca de si mesmo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6). Como amarei o próximo como a mim mesma, se o vejo a ir por outro caminho, a obedecer a outra “verdade” que não é Jesus Cristo, e não faço nada para o alertar? E se a pessoa por causa de um falso profeta, de um mestre de lei cego, até está convencida que está no caminho e na verdade que é Jesus? Não terei de amá-la e dizer-lhe para ir confirmar, na Bíblia, o que Jesus ensina, para não permanecer no engano? Jesus ensina a quem quiser ser cristão:

Então Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.(Mateus 16:24).

Este é um dos versículos menos lidos e menos ensinados da Bíblia. Jesus está a nos dizer que, para o seguirmos teremos de ser intolerantes para com as nossas antigas crenças, nossos hábitos, regras de conduta moral, nossos pensamentos, atitudes, nossas conveniências, nossos confortos. O apóstolo Paulo também pregou o mesmo em Gálatas 2: 20 diz: Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.

Pergunto se não será por um amor que é intolerante que Jesus diz: Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Romanos 12:2)

O padrão deste mundo gosta de um "jesus" que é tolerante com todas as crenças. Tolerante com o pecado e tolerante com a cultura de cada povo, com frases tipo “todos os caminhos conduzem a Deus”.

“Aquele que não está comigo (com Jesus) é contra mim, e aquele que comigo não ajunta, espalha". (Lucas 11: 23)

Ainda outro disse: “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me da minha família”. Jesus respondeu: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”. (Lucas 9: 61,62)

Outro discípulo lhe disse: “Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai”. Mas Jesus lhe disse: “Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos”. (Mateus 8:21,22)

Se alguém não os receber nem ouvir suas palavras, sacudam a poeira dos pés quando saírem daquela casa ou cidade. Eu lhes digo a verdade: No dia do juízo haverá menor rigor para Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade. (Mateus 10:14,15)

Pois Eu (Jesus) vim para fazer que “o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; os inimigos do homem serão os da sua própria família:“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará. (Mateus 10: 35 a 39)

Mas Eu (Jesus) lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados”. (Mateus 12: 36, 37)

Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?”, perguntou Ele (Jesus). E, estendendo a mão para os discípulos, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. (Mateus 12:48 a 50)

Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele (Jesus) que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno. (Mateus 10:28)

Vocês pensam que vim trazer paz à terra? Não, Eu (Jesus) lhes digo. Ao contrário, vim trazer divisão! De agora em diante haverá cinco numa família divididos uns contra os outros: três contra dois e dois contra três. Estarão divididos pai contra filho e filho contra pai, mãe contra filha e filha contra mãe, sogra contra nora e nora contra sogra”. (Lucas 12:51 a 53)

Todas estas frases intolerantes e amorosas de Jesus mostram e ensinam a importância do primeiro mandamento de Deus. Mesmo que à primeira leitura não entendamos o seu significado, não vamos fechar os nossos ouvidos a elas. São por demais importantes no caminhar cristão, rumo à vida eterna. Um cristão terá sempre de se cingir às Boas Novas anunciadas, pregadas e ensinadas pelo nosso Salvador Jesus Cristo. Não existem outras Boas Novas, não há outro caminho para a Salvação. Só há um Único Deus: Jesus Cristo. Já está tudo escrito na Bíblia, claramente e de diversas formas e estilos para que ninguém se perca. Então, ser tolerante com outros credos é negar Deus e dar crédito a satanás, o eterno inimigo das nossas almas. Deus continuará a ser sempre o Eterno, Soberano e Poderoso. Satanás continuará condenado. E o tolerante perde a oportunidade de se reconciliar com Deus.

Há caminho que parece recto ao homem, mas no final conduz à morte. (Provérbios 16:25)

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