domingo, 23 de outubro de 2011


maldito é o homem

Assim diz o SENHOR: “Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do SENHOR. (Jeremias 17:5)

Quantas vezes recorremos a parte da sabedoria de Deus, para dar força a um raciocínio carnal, ao falarmos só aquela parte do versículo que nos interessa. Este versículo de Jeremias é um grande exemplo disso; a parte que nos interessa é esta: “maldito é o homem que confia nos homens”, e pronto, é Deus quem o diz, não somos nós! Por exemplo: quem me garante que o que o meu pastor me disse é verdade? Ele pode enganar-se e a prejudicada sou eu; Ele também é homem e pode falhar mesmo sem querer. Ou então: no fundo o que o meu pastor quer é o meu dinheiro pois é isso que o sustenta. Ou ainda: eu também tenho o Espírito Santo, porque haveria de obedecer ao pastor que é um ser humano como eu? Quem me garante que o que ele profetizou para a minha vida é o certo e vem de Deus? Seja verdadeiro... quantas vezes é que você já pensou isto? Montes de vezes... eu também! Porque é que pensamos muitas vezes assim? Porque o nosso coração se afastou de Deus e do que Ele ensina na Bíblia. Nós não confiamos no homem, confiamos em Deus! Quando nos submetemos e obedecemos ao pastor da nossa congregação estamos a confiar em Deus e a obedecer-Lhe. Mas se é Deus quem diz que somos malditos se confiarmos nos homens, como fica? Quando se lê o versículo todo, sem o partir, percebemos o que Deus está a dizer. Ele está a dizer que quem confia na sua própria sabedoria e não na Dele está em maus lençóis; quem confia na sua própria força e engenho sem render glória a Ele, está em maus lençóis uma vez mais; e quem confia mais na inteligência humana e nos talentos humanos em detrimento do que Deus diz, está em maus lençóis; no fundo Ele está a dizer que estão em maus lençóis, todos aqueles que se afastam Dele, da Sua Palavra que é a Bíblia, não invocam o Senhor Jesus Cristo para se salvarem da perdição eterna e não se entregam para andarem no caminho de santidade. É o que, eu creio, este versículo ensina. É um aviso a toda a humanidade que não quer confiar em Deus e não é para contrariar a doutrina bíblica sobre a autoridade delegada que Deus dá e a oportunidade dada a todos aqueles que Ele chama e escolhe. Se não vejamos, o SenhorJesus Cristo quando veio à terra, escolheu doze apóstolos e entre esses doze se incluía Judas Iscariotes. O Senhor Jesus sabia o que havia no coração de Judas mas mesmo assim deu-lhe uma grande oportunidade... de ele andar consigo, de aprender mais de Deus, de fazer milagres, curar e expulsar demónios. Também deu-lhe o que todas as pessoas procuram: dinheiro. Judas tomava conta do dinheiro do grupo. Leia com atenção: Seis dias antes da Páscoa Jesus chegou a Betânia, onde vivia Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. Ali prepararam um jantar para Jesus. Marta servia, enquanto Lázaro estava à mesa com ele. Então Maria pegou um frasco de nardo puro, que era um perfume caro, derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância do perfume. Mas um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, que mais tarde iria traí-lo, fez uma objeção: “Por que este perfume não foi vendido, e o dinheiro dado aos pobres? Seriam trezentos denários ”. Ele não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado. Respondeu Jesus: “Deixe-a em paz; que o guarde para o dia do meu sepultamento. Pois os pobres vocês sempre terão consigo, mas a mim vocês nem sempre terão”. (João 12:1 a 8). Então o Senhor Jesus não sabia que Judas era ladrão? E também hipócrita, porque queria aparentar ser muito piedoso na crítica a Maria e na hipotética distribuição de dinheiro aos pobres. O Senhor Jesus sabia muito bem quem era Judas e ainda assim escolheu-o para ser apóstolo e mesmo sabendo que ele era ladrão confiou-lhe o dinheiro do grupo. Ainda assim, Judas vendeu Jesus por trinta moedas de prata. Judas não era só ladrão e hipócrita, também era avarento. O Senhor Jesus dá sempre chance às pessoas de se arrependerem dos seus pecados. O Senhor Jesus é amoroso e perdoador. Nós temos muita dificuldade em entender isto... para os outros, sendo que somos muito condescendentes connosco. Somos egoístas e desconfiados por natureza. Essa natureza que tarda em se afastar do nosso amor-próprio. Mas ainda assim, confiamos tantas vezes por dia as nossas vidas, nas mãos de estranhos e não só: confiamos no médico, no condutor do autocarro, no piloto do avião. Confiamos no polícia, nos traços da passadeira de peões, no semáforo verde, no ar que respiramos e na água que bebemos livre de bactérias nocivas. Nisto nem pensamos mas para as coisas de Deus “já estamos a ouvir a sirene da ambulância”, já nos sentimos envenenados, atropelados e presos. Muitas pessoas crentes dizem assim: confiar na Palavra ou no Senhor Jesus é fácil. Não é nada! A nossa carne, o nosso ego, luta contra aquilo que a Palavra diz, milita contra o Espírito Santo. Por isso o justo viverá pela fé, foi assim que Deus determinou para a nossa caminhada até à vinda do Senhor Jesus. É pela fé que cremos que o Espírito Santo cobriu com a Sua sombra Maria e ela ficou grávida e deu à luz o Senhor Jesus. Não é fácil entender isto, eu digo até que é impossível de entender com a razão humana. Só pode ser aceite pela fé. Como Lázaro ressuscitar dos mortos é pela fé, pelo menos da minha parte, porque nunca vi ninguém ressuscitar, assim como nunca vi os olhos de um cego de nascença abrirem-se e ele ficar a ver. É pela fé que acredito também, que Daniel foi para a cova de leões esfomeados e não foi devorado e tantos outros acontecimentos miraculosos descritos na Bíblia. Por acaso, não conheço ninguém que tenha ido e voltado da vida eterna ao lado do Senhor, para me contar como foi. Só sei o que diz a Bíblia: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam”; mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito. (1 Coríntios 2:9,10); e confio, pela fé que verei Jesus face a face, ressuscitada na Sua glória; não terei mais frio, fome, tristeza, choro, desgostos e tantas coisas más que me querem derrubar... eternamente feliz é o que serei! Confiar está implícito na fé. Eu confio em Jesus logo confio pela fé, nestes milagres. Mas confiar no pastor é outra coisa, o meu pastor não é Jesus. O apóstolo Paulo disse assim: Pois mesmo que eu tenha me orgulhado um pouco mais da autoridade que o Senhor nos deu, não me envergonho disso, pois essa autoridade é para edificá-los, e não para destruí-los. (2Coríntios 10:8); Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês. (Hebreus 13:17). Temos de confiar no homem de Deus porque mesmo que ele possa errar, se nós estivermos de coração íntegro perante Deus, Ele nos justificará. Deus vê os nossos corações (Jeremias 17:10). O receio é que o nosso coração não esteja afinal assim tão íntegro e possamos sofrer com o erro do pastor. É um círculo vicioso demoníaco. A fé está longe destas dúvidas! A fé é confiante! A fé é em Deus!
Antes que o natal chegue...

O Natal é para as crianças, não é assim que já pensa a maioria das pessoas que conhece? As crianças é que desfrutam das delícias dos presentes, dos sonhos e das rabanadas. É por elas que se enfeitam as casas, se decoram as árvores e se fazem presépios, por elas e pelos visitantes dos municípios. São elas que ainda acreditam no menino Jesus e vibram com o pai natal. São adoráveis os olhares de cobiça pelos presentes embrulhados e as mãozinhas frenéticas para puxar laçarotes. A vontade de os agradar e de comprar o seu afecto, é irresistível. É por elas que os pais se atarefam e se arrastam pelos centros comerciais à procura de preços competitivos, porque elas, cada vez mais, são exigentes e sabem muito bem o que pediram nas cartinhas que escreveram na escola ao pai natal; já não se contentam com os presentes da loja do chinês. As crianças sabem muito bem, que esses dias que antecedem o natal são-lhes favoráveis e os pais estão mais vulneráveis tanto emocionalmente quanto materialmente. O natal é para as crianças e isso resume tudo! Aquilo que soa como uma frase meiga e carinhosa, esconde o stress em que os adultos estão. O natal para os adultos é uma fonte de nervoseira e correria... um verdadeiro tormento! No natal os adultos querem agradar a todos e não há tempo nem dinheiro para isso. Então os adultos, antes de começar o natal já estão angustiados e durante o natal ficam mais deprimidos; quando ele acaba é um alívio enorme, fica só o pensamento de que “agora só daqui a um ano”, e a preocupação de pagar o cartão de crédito. Porque é que o natal tem de ser assim e porque é que ele se transformou nisto? A Bíblia diz que há coisas que têm a aparência de piedade mas que são falsas. A religiosidade e as tradições dos homens têm a tendência a perverter a verdade e de transformar algo santo em algo profano. Aconteceu com o natal exactamente isso! Transformou-se em algo profano porque o verdadeiro significado e valor natalícios, já não têm expressão, nem vem à memória das pessoas, de que se está a comemorar o nascimento do Senhor Jesus. É Ele quem de facto faz anos e deveria receber os presentes! Mas a verdade é que as pessoas já não sabem e nem querem, adorar, homenagear e presentear o aniversariante, que é o Deus vivo. Transformaram o natal numa festa familiar pagã e o resultado está à vista; sofrem as consequências inerentes de quem se esquece de Deus e o substitui por aquilo que infelizmente, é mais importante nas suas vidas: o dinheiro e o prazer. Só que não existe prazer sem dinheiro, ou seja, não há consoada farta, nem grandes presentes debaixo da árvore de natal, nem oh!oh!oh!, nem grandes expectativas e sorrisos. Fica a desilusão,a culpa e o fracasso. Não existe verdadeiro prazer quando não se tem o Senhor Jesus no coração! Não se pode substituir Deus Pai Criador pelo ridículo boneco velho e obeso a quem chamam pai natal e não pagar o preço disso. De Deus não se zomba. O tormento que as pessoas vivem e se acentua de uma forma extravagante nesta época, é derivado da sua falta de amor, de respeito, de temor ao que Deus é, e do que Deus faz por elas, dia após dia. E no dia em se comemora o aniversário do Seu Filho Jesus, que deu a Sua preciosa vida por todos nós, ninguém se lembra Dele a não ser como um artefacto de decoração, que se coloca por cima da chaminé da lareira da sala para compor o ambiente. Jesus está em último plano no Seu dia de anos! Primeiro vêm as crianças, depois o resto da família, depois a jantarada, depois os presentes, depois o programa da televisão, depois o pai natal, a seguir a missa do galo, o encontro com os amigos e qual o bar que poderá estar aberto nesta noite. Jesus? De quem é que está a falar? É do treinador do Benfica? O cristão está livre dessa opressão das compras desenfreadas, dessas correrias, desse desgaste, porque ele sabe a quem deve render adoração e louvor, não só nesse dia, mas em todos os dias do ano, até ao final da sua vida. E isso basta para lhe encher o coração.