domingo, 25 de setembro de 2011

A GRIFFE DE DEUS

Da mesma forma, quero que as mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição, não se adornando com tranças e com ouro, nem com pérolas ou com roupas caras, mas com boas obras, como convém a mulheres que declaram adorar a Deus. (1Timóteo 2:9,10)

Queridas irmãs em Cristo, estes dois versículos da primeira carta a Timóteo, escrita pelo apóstolo Paulo, ensina-nos qual é, uma das principais e mais difíceis virtudes, que temos de desejar praticar, para ficarmos de acordo com a vontade de Deus – a modéstia ou recato. Uma virtude é uma vontade do nosso espírito que nos leva a querer fazer o bem e evitar o mal; e a modéstia é uma virtude porque é um desejo de não darmos nas vistas ou de nos expormos às vistas para assim evitarmos os males. É o conjunto da aparência de uma pessoa, composto pelo porte, linguagem e maneiras, a que mais vulgarmente chamamos decência. Agora que sabemos que a modéstia é uma virtude totalmente do agrado de Deus, sabe o que poderemos dizer?: Ó Deus faz-me modesta visto que sei que é do teu agrado... mas não hoje! Descontaminar do mundo não é fácil. Fomos “educadas” num tempo em que o que é decente está muito aquém do que o Senhor determinou. É tão assim, que hoje em dia nos custa muito perceber o que de mal fez Cam, o filho de Noé, quando viu o pai bêbado e nu e foi contar aos irmãos, rindo por ter encontrado o pai nessa situação. Certo é que Deus amaldiçoou-o a ele e à sua descendência. E nós perguntamos perplexos: O que fez ele de tão errado? Consegue perceber como estamos distantes do que Deus determina o que é certo ou errado? Como nos custa cada vez mais a andarmos dentro dos padrões morais de Deus? Como nos custa a entendê-los mesmo quando eles estão escritos na Bíblia para aprendermos e nos confrontarmos? A modéstia, sei eu, é muito difícil de praticar. Tal como ela é ensinada na Bíblia. Hoje em dia vivemos com privilégios e confortos que antigamente só as rainhas tinham. Sedas, jóias e cabelos entrançados, antigamente, não eram para todas. Hoje em dia, uma rapariga de dezasseis anos exige aos pais, roupas de marca, telemóveis de última geração e cirurgias plásticas aos seios pelo seu bom desempenho escolar. Porquê? Porque ela é constantemente bombardeada e comprimida por ideais de beleza e sucesso, que ela vê e aprende sobretudo nos vídeo-clips, no cinema e na publicidade e que estão a deformar o seu carácter. Como deformou o meu também. Por outro lado, o facto de as mulheres já não dependerem dos homens para o seu sustento, tanto económico como social, tornou-as mais destemidas e determinadas a conquistar o que elas desejem conquistar. Foi neste padrão que eu fui educada: Sou senhora do meu nariz, ninguém manda em mim. Que infeliz que eu era, que dificuldade em manter as aparências, como custava contentar-me. Havia sempre outra mais bem vestida, mais bem feita, mais nova! Mas se tudo mudou dentro de mim, qual é então a dificuldade em praticar a modéstia? É a luta entre o que a carne deseja e o espírito diz que é certo para Deus. A cada dia temos de negar chamar a atenção com um vestido mais curto, mais justo, mais decotado, ou um bikini que sabemos que atrai olhares de outros homens, porque sabemos irmãs, exactamente o que atrai os olhares masculinos. Estamos tão habituadas a seduzir e a atrair olhares masculinos que achamos que já não é mais isso que estamos a fazer mas simplesmente a dar vazão ao nosso estilo pessoal, à imagem que fazemos de nós próprias: mulheres saudáveis e independentes. Mesmo crentes no Senhor Jesus Cristo! Mas isso é tão contrário ao que Deus quer para nós. A Bíblia diz que a sedução é para o marido e não para os outros homens também. Então, fica difícil de lutar contra aquele vestidinho tão sensual que sabemos que nos fica bem e colocar outro mais recatado quando saímos de casa. E mais difícil fica, quando sabemos que estamos completamente na contra-cultura, porque sabemos o que nos espera. O ego, a nossa carne mói e mói ao descontaminar. Como sou casada também sei que o meu marido tem as suas lutas para se descontaminar também. A dependência de Deus é total e o desejo de lhe agradar supera tudo. Deus é tão bom que torna essas coisas secundárias, quando vê a sinceridade no nosso coração de O agradar. Cada vez mais se aprofunda o desejo de não ser pedra de tropeço para alguém que sabendo-nos cristãs, não encontre diferença nas nossas posturas em relação a uma mulher não-cristã: “Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada me domine. (1Coríntios 6:12). Cada vez mais nos sentimos menos espicaçadas no ego quando outra mulher está, digamos, mais “descapotável” ao nosso lado e ao alcance do olhar do nosso marido. Vamos sendo cada vez menos sobressaltadas com essas comparações, pela misericórdia do Senhor a agir nos nossos corações, à medida que vamos sendo libertas desses complexos. Amados(as), visto que temos essas promessas, purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus. (2Coríntios 7:1). As obras da carne só nos trazem sofrimento. Especialmente essas que mexem muito com o ego, o amor-próprio (orgulho) e que fazem surgir o ciúme, a inveja, o conflito, o mau-estar, a maledicência, os complexos, a libertinagem, os maus costumes. Como nos podemos purificar e descontaminar?  Imagine que já não se sente mais agredida ou que já não se incomoda mais com esse tipo de competição. E que pode dizer para Deus: Obrigado Pai, por me teres liberto desse orgulho, desses pecados, dessa prisão. Agora sei que sou verdadeiramente livre por meio do sangue do Senhor Jesus Cristo. 
Para sermos libertas temos de querer ser libertas. Para sermos curadas, temos de querer ser curadas. Para adorarmos a Deus temos de confiar Nele, porque o Seu amor dura para sempre!