domingo, 28 de agosto de 2011


SOLDADO DE CRISTO

Respondeu o centurião: “Senhor, não mereço receber-te debaixo do meu tecto. Mas diz apenas uma palavra, e o meu servo será curado. Pois eu também sou homem sujeito à autoridade e com soldados sob o meu comando. Digo a um: Vá, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem. Digo a meu servo: Faça isto, e ele faz”. Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: “Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé. (Mateus 8:8 a 10)

Suporte comigo os meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, já que deseja agradar aquele que o alistou. (2Timóteo 2: 3,4)

Todo o cristão sabe que está numa guerra contra satanás; contra os poderes e
autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Portanto todo o cristão tem de estar alerta e vigilante para não cair nas tentações, ciladas e armadilhas que satanás nos prepara. Mas acredito que estes versículos acima, vão mais longe do que simplesmente nos alertarem para isso. Acredito que eles nos ensinam o princípio da autoridade divina. O que sabemos é que existe um princípio militar que se rege por esse princípio fundamental tanto para a ordem como para a disciplina: a autoridade. E essa é a comparação que se está a fazer neste ensino, para que possamos entender o que o Senhor está a falar. Não passa pela cabeça de um soldado, desobedecer à ordem do seu capitão, sargento, comandante, almirante, general, etc, porque sabe que isso lhe vai custar caro. Sem autoridade, não há ordem e impera o caos. Duas frases destaco nestes versículos. Primeira quando Jesus diz aos que o seguiam sobre o centurião (que era um militar romano): Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé. Jesus está a dizer, possivelmente a uma maior percentagem de seguidores judeus, que um invasor e militar romano tinha uma fé, que ele ainda não tinha encontrado em Israel, que era a nação eleita por Deus. Parece que se “sente” uma leve censura nestas palavras de Jesus, ou talvez uma ponta de desgosto, já que ele veio primeiro para os seus e são os de fora os mais despojados. Depois também percebo que a fé está intimamente ligada ao reconhecimento da autoridade emanada de Deus. E o centurião romano reconheceu a autoridade de Jesus Cristo. Quanto mais fé se tem para reconhecer essa autoridade, mais abençoada a pessoa é. A segunda frase que destaco é aquela em que Paulo diz a Timóteo:... já que deseja agradar aquele que o alistou. O cristão quer agradar a Deus acima de tudo. Jesus é o seu Senhor! E é o Senhor que diz o que é bom ou mau, certo ou errado, verdadeiro ou falso. Somos soldados voluntários num reino sem serviço militar obrigatório. Mas ao querermos agradar ao nosso Senhor estaremos bem preparados para enfrentar o inimigo e as batalhas que temos pela frente. Veja o que é ensinado nesta recruta: Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. (Efésios 6:10 a17). Sem reconhecer a autoridade do Senhor e a daqueles a quem o Senhor a delega, não podemos ser fortalecidos com poder para vencer as batalhas. Não podemos ficar firmes na fé, não teremos revelação da Palavra, não podemos praticar a justiça. Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual. E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz. Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados. (Colossenses 1:9 a 14).


O REI INVISÍVEL

Era uma vez um reino muito pequeno, que tinha um Rei invisível. Esse Rei falava aos seus súbditos através de pessoas que ele usava como mensageiros. Esse Rei era justo, bondoso e só queria o bem dos seus súbditos. O reino prosperava e a população crescia. As pessoas tinham o que comer, o que vestir; tinham gado e terras. Um dia porém decidiram que queriam ver o Rei, mas como ele era invisível ficaram frustradas. Então orgulhosos disseram: Esse rei afinal não existe, é o nosso trabalho árduo que faz as coisas acontecerem neste reino. Estamos cansados de receber ordens de um rei que não vemos e provavelmente estamos é às ordens dos que se dizem mensageiros dele. Queremos ter um rei que possamos ver e não um em quem temos de acreditar e confiar sem ver. Queremos ser iguais aos outros reinos à nossa volta. O Rei ficou muito triste por causa da ingratidão dos seus súbditos. Tinha sempre cuidado daquele pequeno reino com toda a dedicação e amor mas eles não o queriam. Então o rei bondoso consentiu e fez a vontade aos seus súbditos. Deixou que eles tivessem um rei de carne e osso. Todos ficaram contentes e alegres, menos o Rei invisível. Cada vez que morria um rei substituiam por outro, mas nunca mais quiseram voltar ao Rei invisível. Havia alturas em que se lembravam do Rei invisível quando as coisas corriam mal. Lembravam-se de que durante o seu reinado, tinham tido sempre fartura de bens e nunca tinham perdido uma guerra contra os seus inimigos. Mas duravam pouco essas lembranças; logo a geração seguinte se revoltava e encontrava novas formas de conquistar terras e despojos e de se divertir. Muito tempo se passou e as suas terras e as suas vidas foram subjugadas por um povo estrangeiro cruel e poderoso. O Rei invisível nunca deixou de os considerar seus súbditos, apesar da ingratidão deles e um dia resolveu que era hora de colocar um “basta” e providenciou uma solução para as suas vidas. Vou enviar o meu filho querido e ele irá governá-los. E sim, poderão vê-lo, tocá-lo, ouvi-lo, tal como eles pediram no passado. Vou recebê-los como filhos e não terei mágoa e ressentimento deles. Tudo ficará esquecido! O filho do Rei invisível foi obediente e desceu até ao reino de seu pai. Apresentou-se a todos os súbditos publicamente, contente por lhes dar a boa nova: O meu pai é o vosso Rei, ele quer perdoar a todos. Mas eles não queriam o perdão, queriam revolução, queriam homens armados e dominar os invasores do seu reino. Já tinham decidido o que queriam e também não acreditavam que esse príncipe fosse filho do Rei invisível. Mataram-no, enterraram-no e decidiram esquecê-lo. O Rei invisível ficou tão irado, que dali em diante foi buscar novos súbditos que o cortejaram e aplaudiram, louvando-o com gratidão por o terem como Rei. O Rei invisível disse assim: Mas os súbditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes. (Mateus 8:12)