sábado, 23 de abril de 2011

"Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. O porteiro abre-lhe a porta, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as leva para fora.  Depois de conduzir para fora todas as suas ovelhas, vai adiante delas, e estas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas nunca seguirão um estranho; na verdade, fugirão dele, porque não reconhecem a voz de estranhos”. Jesus usou essa comparação, mas eles não compreenderam o que lhes estava falando." 
(João 10:2 a 6)


Jesus um dia afirmou: “Tenham fé em Deus, (Marcos 11:22). Para si Deus é absolutamente único ou existem vários “Deus” a quem se atribui características e nomes diferentes dependendo da religião e cultura de cada povo? Há vários caminhos para o ser humano chegar a Deus ou há só um? Como é difícil ao ser humano acreditar em verdades absolutas. E questiono-me, quanto a essa dificuldade, se não será por o ser humano estar constantemente a remar contra o que Deus determina na Sua Palavra, que é a bíblia. Quanto a mim, sei bem avaliar a quantidade de informação que eu pensava ser “absolutamente” necessária à minha existência e o que eu fizesse dessa informação só a mim diria respeito. Afinal, fui educada e empurrada pela sociedade, para ser uma mulher independente, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Na verdade, dentro do relativismo das minhas vontades e decisões, essa era uma verdade absoluta. Nunca poderia projectar-me num futuro brilhante e feliz sem essa independência, que para mim significava também liberdade, algo pelo qual o ser humano tem bastante apreço. As verdades absolutas pareciam-me prisões, locais delimitados, conceitos apertados, estreitos, de raciocínios unilaterais, que colocavam as pessoas debaixo da autoridade prepotente de alguém que tivesse sido ou mais esperto ou mais violento e até inescrupuloso do que a maioria. Via-me mais a fazer concessões sensatas para evitar conflitos desnecessários, e a fazer alianças conciliatórias e confortáveis ao meu bem estar pessoal e social, do que a defender algo com unhas e dentes que não fossem os meus próprios interesses. Gostava assim de mim, gostava que me vissem assim, gostava das palavras amáveis e dos piropos divertidos, gostava que me achassem livre, divertida, inteligente, sóbria e carinhosa. Quanto ao resto cá me arranjaria. Talvez se conseguisse ser sensata, equilibrada e boa o suficiente Deus me recompensasse. Afinal, nunca quis o mal de ninguém, esforçava-me sempre por divulgar uma boa causa, contribuir com o que podia e muitas vezes disponibilizava-me para fazer algum voluntariado. Gostava de pensar que na roda das minhas amizades, a minha presença seria indispensável e as minhas opiniões seriam tidas como importantes. Enfim, gostava que gostassem de mim. Esse era um desejo também “absoluto”. Como é difícil, volto a dizer, ao ser humano acreditar em verdades absolutas, quando tudo o que ele faz no seu dia-a-dia, é movimentar-se num rodopio de mentiras disfarçadas de verdades para se enganar a si próprio e aos outros também. Que exagero, dirá você que está a ler isto! Que ideia tão desoladora e tão longe da verdade. Já Pilatos, perguntava no seu relativismo a Jesus, o que era a verdade! Certamente a verdade de Pilatos não era a verdade de Jesus! Então quer dizer que há mais do que uma verdade? Quero dizer, que de acordo com aquilo que eu agora sei e creio, há só uma verdade: Jesus Cristo e a Sua Palavra que é a bíblia. Tudo o resto é mentira. As minhas antigas verdades, crenças, tradições, o modo de ver e fazer as coisas, eram tudo mentiras. Porquê? Porque não estavam de acordo com a Verdade de Deus! Apercebi-me que as minhas “verdades” não se sustentavam ao longo do tempo ou confrontadas muitas vezes com a opinião de alguém que eu respeitasse ou admirasse. Seja porque fui crescendo e aprendendo ou também por falta de personalidade. A verdade é que elas mudavam. Mas há certas coisas que não mudam: Deus não muda (Malaquias 3:6) e isso é uma verdade absoluta! Eu descanso em confiança porque sei que Deus nunca mudará. Isso é absoluto para mim. Como é absoluto tudo o que Deus fala na Sua Palavra, a bíblia. Se não vejamos: A palavra - cristão - é uma palavra absoluta ou não? O que ela significa não é: discípulo de Cristo? Ela poderá significar alguma outra coisa que não isso? Mesmo que se queira deturpar e perverter o seu significado, nunca se poderá fazê-lo. Jesus diz que tudo o que está nas trevas virá à luz, então não existem maus cristãos, nem “meios-cristãos”, porque se trata de algo absoluto. É ou não uma verdade absoluta que Deus criou toda a humanidade a partir de Adão e Eva? Se sim, que lugar terá para si, na sua árvore genealógica a existência de um macaco? É ou não uma verdade absoluta a existência de satanás? Se não, quem andará a fazer tanto estrago no mundo e na vida das pessoas? É verdade que Jesus sendo Deus se tornou homem como nós? Os pecados existem? E milagres? Ressuscitou Jesus ao fim de três dias? O Espírito Santo é Deus e derrama o Seu poder em nós? E a vida eterna, é mesmo uma verdade? Só se pode ter fé naquilo que se acredita de todo o coração e neste campo, só posso falar por mim. Acredito absolutamente num só Deus Criador dos céus e da terra e de tudo o que há. E estou rodeada de provas disso. O mais lindo é que não me esforço por acreditar nisso. Acredito que ele é Amor, essa é a Sua natureza, a Sua essência. Isso explica, para mim, porque o Senhor Jesus se tornou carne, sendo o próprio Deus, e cometeu aquele grandioso acto de amor ao morrer na cruz do Calvário por todos os pecados da humanidade. Acredito que Jesus Cristo é o Messias anunciado no Antigo Testamento e é o único mediador entre Deus e os homens. Acredito no Bem absoluto, que é a ética que rege a moral absoluta dos actos de Deus. Sem esse Bem absoluto nunca teríamos uma Justiça absoluta que só Deus pode aplicar e pela qual todo o ser humano aspira. O mal não é absoluto, ele é o Bem pervertido. E tudo o que somos e fazemos após a queda de Adão e Eva, é fruto da árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Ou seja: do que é certo e errado aos olhos de Deus. Satanás nunca poderá criar nada, só poderá recriar a partir do que Deus criou, e isso para mim, também é uma verdade absoluta. Acredito que irá vir o dia do juízo e que é Jesus quem nos julgará. Esse irá ser um dia absoluto, com o juíz que se chama também - Princípio e Fim (Jesus). Tenho a plena consciência que nunca mais conseguirei me conduzir neste mundo sem estar alicerçada na Verdade Absoluta de Deus. Jesus um dia disse aos seus discípulos, e eu acredito que Ele não se referia somente aos Doze mas a todos os que pegam numa bíblia e lêem, crendo: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.” (João 14:6). Existe algo mais absoluto do que esta afirmação de Jesus? Nela não existe tolerância com outras verdades que não seja Ele. Não existem outros caminhos, mesmo que pareçam alternativos para se chegar ao mesmo destino. E quantas vidas eternas existem? Só uma? Fico agora, feliz com a simplicidade absoluta de Jesus Cristo. De absolutamente não existir outro Salvador que não seja Ele e de só haver um único Caminho para a Vida Eterna. Para pessoas sem sentido de orientação como eu, ficaria muito difícil ou mesmo impossível de a alcançar. Não me importo que me “olhem” como intolerante, radical, fundamentalista, antiquada, simplória, “desagramável”, “incuménica” (chamam-me tantas vezes os mesmos piropos, que resolvi acrescentar uns novos para variar), porque acredito num único Deus que se chama Jesus Cristo, que só se pode conhecer na bíblia, que é a Sua Palavra e no qual deposito a minha fé que Ele mesmo me deu. Parece pouco inteligente e um pouco louco colocar todos os ovos no mesmo cesto, não parece? Mas Jesus diz assim: ”Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio da loucura da pregação.” (1 Coríntios1:20b,21). Na verdade, a Verdade é para ser pregada por cristãos absolutamente convertidos à Verdade. E como essa Verdade é absoluta, pode-se confiar divinamente nela.