domingo, 15 de maio de 2011


                  NADA PODEMOS CONTRA A VERDADE

Ontem no culto, o pregador, fez dele as palavras do apóstolo Paulo, escritas na 2ª carta aos coríntios 11:1 a 6. Elas entraram direitinhas no espaço reservado para elas no meu coração. Nessa carta ele faz um apelo: Espero que vocês suportem um pouco da minha insensatez. Sim, por favor, sejam pacientes comigo. Já tinha lido várias vezes esta passagem mas nunca me tinha questionado qual seria a razão pela qual, Paulo pediria aos coríntios para que suportassem a sua insensatez e fossem pacientes com ele. E ontem, pela boca do pregador, foi-me revelado pelo Espírito Santo que, para pregar o verdadeiro evangelho e falar o que Jesus é verdadeiramente, é preciso que quem ouça esteja também no Espírito, porque nunca irá ser uma pregação agradável para a carne, para o ego. Se assim fosse Jesus não precisaria de dizer: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo...(Mateus 16:24). Ouvir a verdade nua e crua, sem artifícios, dói!. Ela dói porque zela para que as nossas almas não se corrompam, não se desviem de Jesus e do Seu evangelho. Ela chama pecadores ao arrependimento e isso “fere” os ouvidos mais sensíveis: "Sendo que, nem todos podemos ter o ministério de João Baptista, nem o de Jesus, nem o de Paulo, e outros. O nosso é mais moderno, dirigido a pessoas mais cultas, mais exigentes e sofisticadas. Temos de as cativar e convencê-las que a “igreja” não cheira a mofo, nem é só para pessoas ignorantes e pobres". Este argumento óbviamente que se dirige para os de fora, claro! Quanto aos que estão dentro o caso é mais fácil: Todos somos santos e todos temos a Bíblia. Mas Paulo insiste: O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura. Percebi de uma forma mais profunda, como é dificil falar o evangelho pleno. A coragem, a ousadia, e o zelo vêem do Espírito Santo e o verdadeiro servo de Deus prega pela fé de que o Senhor cooperará com ele, confirmando-lhe a palavra com os sinais que a acompanham, (Marcos 16:20b). É dificil porque as pessoas não o querem ouvir, têm dificuldade em o tolerar. Arranha, dá medo, afasta todo aquele que não confia e não quer confiar em Deus. Ainda assim, é o evangelho que salva e pregá-lo, custe o que custar, é amar verdadeiramente o próximo: O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. Este era o receio de Paulo e é o receio de qualquer pregador que tenha temor a Deus. Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, vocês o toleram com facilidade. Estas palavras de Paulo mostraram-me como já naquele tempo as pessoas queriam ouvir falar de outro "jesus". Para pregar o verdadeiro Jesus, ele precisou de pedir que o suportassem e fossem pacientes, porque ele tinha por eles um zelo que vinha de Deus, que o obrigava a falar a verdade para que não se perdessem. Paulo também diz que eles poderiam acolher, poderiam receber com agrado, um espírito diferente, que só pode ser um espírito demoníaco, um espírito contrário ao Espírito Santo, que os faria tolerar com facilidade outro evangelho. Exactamente o que acontece ainda nos dias de hoje. Todavia, não me julgo nem um pouco inferior a esses “super-apóstolos”. Eu posso não ser um orador eloquente; contudo tenho conhecimento. De fato, já manifestamos isso a vocês em todo tipo de situação. Já naquele tempo, se pregava um “jesus” mais light, menos conflituante, menos divisório, menos fundamentalista e radical. Acolhe-se com facilidade um espírito “menos exigente” aparentemente, onde se ouve o que se quer ouvir, à hora que se quer ouvir. Muito mais ecuménico, com o amor que nós tão bem conhecemos e desejamos, porque é um amor carnal, emotivo, sensitivo. Esse é o amor que compreendemos, mesmo com todas as falhas que reconhecemos que ele tem. O amor de Deus, imaginamos, deve ser assim, só que sem falhas e decepções. Que maravilha! Que pregação maravilhosa! Ó Aleluia! Mas o verdadeiro amor fala a verdade para que a pessoa não se engane, não se perca, tenha chance de se arrepender, de se reconciliar com Deus, esteja dentro ou fora da “igreja”. Para isso serve a pregação louca, a mensagem louca para quem não é de Deus, não quer ouvir Deus ou só quer fugir de Deus. Esse “jesus”é especialmente querido por: “Aquele pelotão de cristãos já anestesiados com o pensamento deste século, que apóiam bovinamente a tudo que pareça “tolerante”, “includente”, ou politicamente correto. Enfim, aqueles cristãos vacilantes que a cada dia cedem um pouco mais para a cosmovisão moderna, sem a qual o reino do Anticristo não se legitima ante as massas, e que se tornam um nicho de mercado cada vez mais promissor para sofistas de fala mansa e teologia torta”, como afirmou Júlio Severo no seu blogue e nisto concordo absolutamente com ele. Paulo e o pregador do culto de ontem, podem não ser tão carismáticos e eloquentes como muitos pregadores são mas ninguém os pode acusar de serem falsos profetas, mentirosos ou oportunistas. Com todas as falhas que os homens acabam sempre por ter, Deus escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte, o que guarda a Sua Palavra e não nega o Seu Nome. A esses que querem falar a Palavra de Deus genuína, recheada com a Unção de Deus, eu peço ao Pai: Que o Senhor, em Nome de Jesus, lhes responda sempre: “Aqui estou!”, cada vez que gritam por socorro. Esta é a minha oração. Amém.