segunda-feira, 30 de maio de 2011

SOU UMA NOVA CRIATURA
 

 Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! (2 Coríntios 5:17)

Deus muitas vezes fala ao meu coração com um versículo bíblico e revela-me algo acerca dele. Sei que um versículo contém mistérios infindáveis, mas Deus pelo Seu Espírito Santo, revela-me por vezes o que Ele considera necessário eu saber. Mais um pedacinho de entendimento adequado ao momento que estou a viver. Quando passei a reger a minha conduta moral pela ética cristã (pelo que Jesus Cristo ensina e o Espírito Santo me revela e convence), percebo que muita coisa mudou em mim. Aliás, é essa a ideia de ser uma nova criatura estando em Cristo! Vou dar um exemplo: Antigamente uma mentira, para mim, tinha diversos “graus” de maldade. Claro que eu sabia que mentir era errado, mas “dentro” do erro havia complexidades que atenuavam a gravidade da mentira. Uma mentirinha para não aturar alguém num momento em que não me apetecesse conversas e não ser antipática, não era a mesma coisa que mentirem-me para não me convidarem para uma festa. Essa era muito mais grave para mim. Ou seja havia justificativas válidas e até sensatas, para agir como eu agia e havia sempre más intenções nos outros para agirem como agiam. Se eu tinha conhecimento que alguém andava a enganar o marido ou esposa ou o namorado (a) e comportava-me em frente ao enganado (a) como se nada soubesse, já estava a acrescentar à mentira a hipocrisia. Isso é quando um abismo leva a outro abismo, como diz Deus, ou seja um pecado nunca vem só. A tendência é falar do caso nas costas da pessoa lesada, convencida que estaria a poupar mais agruras a essa pessoa. Na verdade estava só a poupar a minha mísera reputação: “Que venha a descobrir por outro e não por mim, porque depois fazem as pazes e quem fica mal vista sou eu”. Todos sabemos que em algum momento procedemos assim e até pensamos que isso é certo e sensato. Essa “moral” é extremamente relativa e egoísta (outro pecado). Só quando somos nós os enganados é que percebemos como é grande essa mentirinha e como ficamos feridos com a hipocrisia que reconhecemos nos outros. É fácil de reconhecer os pecados dos outros porque nós também os temos. É como se nos víssemos numa fotografia, reconhecemos logo os nossos traços. Até podemos dizer que o outro é muita mais egoísta, mais invejoso, orgulhoso, cínico, prepotente, vaidoso, bêbado, adúltero, mentiroso, hipócrita do que nós somos. E que até temos qualidades que compensam os nossos defeitos. É a moral “com o mal dos outros posso eu bem”. Quem não conhece este jargão mundano? Mas sabemos que essa falsa moral pretende unicamente proteger os nossos egos e a maior parte das vezes nem isso consegue. Existe uma lei eterna que todas as pessoas conhecem e ás vezes fingem não conhecer, mesmo as pessoas que não querem saber de Deus, que diz o seguinte: O que o homem semear, isso também colherá.(Gálatas 6:7b) A justiça de Deus também é conhecida por quem não é de Deus! Muitas das leis que regem a sociedade são baseadas nela. Você reconhece os pecados nos outros porque eles estão em si também; sabe que são pecados porque reconhece o mal neles, logo já está a fazer uma avaliação moral, um juízo moral do comportamento dos outros e ainda assim insiste em relativizá-los quando chega a sua vez de os manifestar. É aí que aquele versículo que abriu este texto, começa a revelar-se para mim e para si que me acompanha agora: Como sou uma nova criatura em Cristo adquiro uma nova moral, um novo comportamento. A antiga maneira de pensar e de agir não pode prevalecer. O que se fez de novo foi a vontade e a necessidade de agradar a Deus. De me afastar do que Deus diz que é errado. Deixar de querer só agradar a mim própria e relativizar o que sei que é certo ou errado. Porque Deus deu-nos dons suficientes para o fazermos. A si também! A fé que eu tive para entregar a minha vida a Jesus Cristo é a fé que qualquer pessoa tem à sua disposição para fazer o mesmo. Não há uns mais beneficiados do que outros porque: “...justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem. Não há distinção...” (Romanos 3:22)
Você pode crer em Jesus Cristo se quiser. Na Sua justiça, Deus concedeu-lhe liberdade de escolha, portanto trata-se de uma decisão e você já tem fé para a tomar. Acredite porque é verdade. Já ouvi de várias pessoas: “Não tenho a fé que tu tiveste para dar esse passo!”. Isso é mentira! Deus não faz excepção de pessoas! Deus quer que todos se salvem, mas Deus deu a possibilidade de escolha ao ser humano, liberdade, ninguém é obrigado a seguir Jesus. Você é livre para O seguir! Depois a fé para andar no caminho vem quando conhecemos quem nos ajuda a andar nele. Não podemos obedecer a um Deus que não se conhece e com quem não se tem experiências vividas. A fé é um dom que vem de Deus para nós! É um instrumento para alcançar e para andar no caminho de Jesus. Imagine que o (a) convidaram para um jantar, uma pessoa por quem você está muuuuuuito interessado (a). Você toma um banho, depois perfuma-se, escolhe cuidadosamente a roupa que quer usar, enfim gasta no mínimo umas duas horas para se aperaltar em frente ao espelho. Quer criar uma óptima impressão no outro, não é assim? Com Jesus não precisa de nada disso. A vantagem é que Ele conhece-nos melhor do que nós próprios nos conhecemos e sabe exactamente o que precisamos de mudar e ajuda-nos SEMPRE. Ele diz: Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo (Apocalipse 3:20). Isto se você quiser abrir a porta para Ele! Entende agora que a decisão é sua? Eu penso assim: Uma ceia é muito mais íntima do que um jantar, não lhe parece? Basta dizer: Entra Jesus, vem cear comigo. Eu arrependo-me de todo o mal que já fiz, para poder estar na Tua Presença maravilhosa ao pequeno-almoço também. Ajuda-me daqui para a frente a não me desviar do Teu caminho e ajuda-me a entender a Tua Palavra, a Bíblia, para eu a poder praticar. Perdoa-me não te ter convidado a entrar na minha vida à mais tempo, reconheço que fui orgulhoso (a) mas agora quero mudar. Obrigado pelo teu amor demonstrado por mim na cruz do Calvário e revela-me a grandeza desse sacrifício que fizeste para me salvar da perdição eterna. Obrigado Senhor Jesus. Amém.