domingo, 28 de agosto de 2011


SOLDADO DE CRISTO

Respondeu o centurião: “Senhor, não mereço receber-te debaixo do meu tecto. Mas diz apenas uma palavra, e o meu servo será curado. Pois eu também sou homem sujeito à autoridade e com soldados sob o meu comando. Digo a um: Vá, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem. Digo a meu servo: Faça isto, e ele faz”. Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: “Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé. (Mateus 8:8 a 10)

Suporte comigo os meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, já que deseja agradar aquele que o alistou. (2Timóteo 2: 3,4)

Todo o cristão sabe que está numa guerra contra satanás; contra os poderes e
autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Portanto todo o cristão tem de estar alerta e vigilante para não cair nas tentações, ciladas e armadilhas que satanás nos prepara. Mas acredito que estes versículos acima, vão mais longe do que simplesmente nos alertarem para isso. Acredito que eles nos ensinam o princípio da autoridade divina. O que sabemos é que existe um princípio militar que se rege por esse princípio fundamental tanto para a ordem como para a disciplina: a autoridade. E essa é a comparação que se está a fazer neste ensino, para que possamos entender o que o Senhor está a falar. Não passa pela cabeça de um soldado, desobedecer à ordem do seu capitão, sargento, comandante, almirante, general, etc, porque sabe que isso lhe vai custar caro. Sem autoridade, não há ordem e impera o caos. Duas frases destaco nestes versículos. Primeira quando Jesus diz aos que o seguiam sobre o centurião (que era um militar romano): Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé. Jesus está a dizer, possivelmente a uma maior percentagem de seguidores judeus, que um invasor e militar romano tinha uma fé, que ele ainda não tinha encontrado em Israel, que era a nação eleita por Deus. Parece que se “sente” uma leve censura nestas palavras de Jesus, ou talvez uma ponta de desgosto, já que ele veio primeiro para os seus e são os de fora os mais despojados. Depois também percebo que a fé está intimamente ligada ao reconhecimento da autoridade emanada de Deus. E o centurião romano reconheceu a autoridade de Jesus Cristo. Quanto mais fé se tem para reconhecer essa autoridade, mais abençoada a pessoa é. A segunda frase que destaco é aquela em que Paulo diz a Timóteo:... já que deseja agradar aquele que o alistou. O cristão quer agradar a Deus acima de tudo. Jesus é o seu Senhor! E é o Senhor que diz o que é bom ou mau, certo ou errado, verdadeiro ou falso. Somos soldados voluntários num reino sem serviço militar obrigatório. Mas ao querermos agradar ao nosso Senhor estaremos bem preparados para enfrentar o inimigo e as batalhas que temos pela frente. Veja o que é ensinado nesta recruta: Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. (Efésios 6:10 a17). Sem reconhecer a autoridade do Senhor e a daqueles a quem o Senhor a delega, não podemos ser fortalecidos com poder para vencer as batalhas. Não podemos ficar firmes na fé, não teremos revelação da Palavra, não podemos praticar a justiça. Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual. E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz. Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados. (Colossenses 1:9 a 14).


O REI INVISÍVEL

Era uma vez um reino muito pequeno, que tinha um Rei invisível. Esse Rei falava aos seus súbditos através de pessoas que ele usava como mensageiros. Esse Rei era justo, bondoso e só queria o bem dos seus súbditos. O reino prosperava e a população crescia. As pessoas tinham o que comer, o que vestir; tinham gado e terras. Um dia porém decidiram que queriam ver o Rei, mas como ele era invisível ficaram frustradas. Então orgulhosos disseram: Esse rei afinal não existe, é o nosso trabalho árduo que faz as coisas acontecerem neste reino. Estamos cansados de receber ordens de um rei que não vemos e provavelmente estamos é às ordens dos que se dizem mensageiros dele. Queremos ter um rei que possamos ver e não um em quem temos de acreditar e confiar sem ver. Queremos ser iguais aos outros reinos à nossa volta. O Rei ficou muito triste por causa da ingratidão dos seus súbditos. Tinha sempre cuidado daquele pequeno reino com toda a dedicação e amor mas eles não o queriam. Então o rei bondoso consentiu e fez a vontade aos seus súbditos. Deixou que eles tivessem um rei de carne e osso. Todos ficaram contentes e alegres, menos o Rei invisível. Cada vez que morria um rei substituiam por outro, mas nunca mais quiseram voltar ao Rei invisível. Havia alturas em que se lembravam do Rei invisível quando as coisas corriam mal. Lembravam-se de que durante o seu reinado, tinham tido sempre fartura de bens e nunca tinham perdido uma guerra contra os seus inimigos. Mas duravam pouco essas lembranças; logo a geração seguinte se revoltava e encontrava novas formas de conquistar terras e despojos e de se divertir. Muito tempo se passou e as suas terras e as suas vidas foram subjugadas por um povo estrangeiro cruel e poderoso. O Rei invisível nunca deixou de os considerar seus súbditos, apesar da ingratidão deles e um dia resolveu que era hora de colocar um “basta” e providenciou uma solução para as suas vidas. Vou enviar o meu filho querido e ele irá governá-los. E sim, poderão vê-lo, tocá-lo, ouvi-lo, tal como eles pediram no passado. Vou recebê-los como filhos e não terei mágoa e ressentimento deles. Tudo ficará esquecido! O filho do Rei invisível foi obediente e desceu até ao reino de seu pai. Apresentou-se a todos os súbditos publicamente, contente por lhes dar a boa nova: O meu pai é o vosso Rei, ele quer perdoar a todos. Mas eles não queriam o perdão, queriam revolução, queriam homens armados e dominar os invasores do seu reino. Já tinham decidido o que queriam e também não acreditavam que esse príncipe fosse filho do Rei invisível. Mataram-no, enterraram-no e decidiram esquecê-lo. O Rei invisível ficou tão irado, que dali em diante foi buscar novos súbditos que o cortejaram e aplaudiram, louvando-o com gratidão por o terem como Rei. O Rei invisível disse assim: Mas os súbditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes. (Mateus 8:12)

sábado, 27 de agosto de 2011


AI MEU DEUS!

Alguma vez, você pensou que o Senhor se apartou de si, no meio de uma aflição pela qual está a passar? Você ora, clama, chora, desespera-se e parece que o Senhor está surdo, mudo e distante? Você grita: Pai, onde estás? Onde? Há momentos em que isso acontece e Deus explica porquê: Deus o deixou, para prová-lo e para saber tudo o que havia em seu coração. (2Crónicas 32:31b); Deus, que prova o nosso coração. (1Tessalonicenses 2:4b); O SENHOR prova o justo, mas o ímpio e a quem ama a injustiça, a sua alma odeia. (Salmo 11:5). A prova muitas vezes tem destas coisas... um desnorteamento, um pânico, uma desconfiança insuportável. Há momentos na nossa caminhada cristã em que só nós podemos decidir continuar ou retroceder; em perseverar ou desistir; nada nem ninguém poderá decidir por nós: Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor... Só nós mesmos nos podemos afastar d'Ele. Acabei de ler em Mateus 27:41 a 43 assim: Da mesma forma, os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos zombavam dele, dizendo: “Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo! E é o rei de Israel! Desça agora da cruz, e creremos nele. Ele confiou em Deus. Que Deus o salve agora, se dele tem compaixão, pois disse: ‘Sou o Filho de Deus!’ ” Muitas vezes as pessoas que nos conhecem e não são de Jesus dizem assim: Onde está o teu Deus? Bem que eu te dizia que isso não ía dar em nada! Bem que te avisei! Mas... alguma coisa dentro de nós clama: Para onde irei, se só tu tens as palavras de vida eterna? No episódio de Genesis 32 em que Jacó luta com Deus, sabemos que Jacó estava com muito medo de se encontrar com o seu irmão Esaú. Eles tinham cortado relações e estado separados sem se verem durante muitos anos e Jacó sabia que havia fortes possibilidades de Esaú se querer vingar dele por causa da usurpação da sua parte, da benção que cabia a Esaú. O medo instalou-se em Jacó e a luta com Deus durou toda a noite. Jacó estava só, sem familiares, amigos ou servos, mas clamou: “Não te deixarei ir, a não ser que me abençoes”. (Genesis 32:26). Perseverou! Mas então, o que aconteceu depois a Jacó? Então disse o homem: “Seu nome não será mais Jacó, mas sim Israel, porque você lutou com Deus e com homens e venceu”. (Genesis 32:28); Jacó nasceu de novo, teve um encontro pessoal com Deus, Deus falou com ele e abençoou-o com um novo nome. Deus levou-o a um conhecimento de Si mais profundo. Jesus disse na cruz: Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? Por que estás tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia? Meu Deus! (Salmo 22:1,2). Mas após o sofrimento na cruz, Jesus foi exaltado à mais alta posição e Deus lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. (Filipenses 2:9b a 11). As provas acontecem para crescermos no conhecimento e na comunhão com Deus. Não há outra forma de saber se estamos no caminho rumo à vida eterna. Como seres humanos temos a tendência para nos acomodarmos, sobretudo nós que temos tanto conforto e tecnologia para nos satisfazer, como nenhuma outra geração atrás teve. Estamos habituados a tomar aspirinas à menor suspeita de dor de cabeça, por isso é tão fácil perceber porque temos tanta facilidade de fugir das provações em que Deus nos coloca. Mas pensemos assim, se fosse uma coisa má como quase sempre nos parece, Deus nunca permitiria que elas viessem para os Seus filhos: Pois o SENHOR ama quem pratica a justiça, e não abandonará os seus fiéis. (Salmo 37:28); Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele”. (João 14:21). 

Senhor meu Pai, em Nome de Jesus que é o nome que está acima de todo o nome, ajuda-me a perseverar nas provas, para que o meu conhecimento de Ti e a minha comunhão Contigo seja mais profunda. Obrigado por me abençoares. Amém!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O AVIVAMENTO COMEÇA DENTRO DE NÓS

 Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós
vivamos uma vida nova. (Romanos 6:4).
Somos novas criaturas, com uma nova vida, uma nova mente, um novo carácter e uma nova conduta moral.
Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado; pois quem morreu, foi justificado do pecado. (versículos 5,6). Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos. (versículo 12). Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna. (versículo 22)...porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. (Romanos 8:2). Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. (versículo 5). E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês. (versículo 11).
O avivamento começa dentro de nós. É a vida do Senhor Jesus que começamos a viver - Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai. (João 14:12)-O Espírito dá vida a carne não produz nada que se aproveite. (João 6:63). A nossa nova natureza vive dentro de nós e o apóstolo Paulo aconselha-nos: Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.
Esta é a nossa participação, a nossa decisão de nos negarmos a nós mesmos. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. (Romanos 12:1 a 3).
O avivamento dentro de nós produz SANTIDADE. A humildade e a obediência são os seus frutos.
Se devemos realmente ser humildes, não somente diante de Deus, mas também diante dos homens, se a humildade deve ser nossa alegria, temos de ver que ela não é apenas a marca da vergonha por causa do pecado, mas, independentemente de todo pecado, humildade é estar revestido com a própria beleza e bem-aventurança do céu e de Jesus.(Andrew Murray)
A obediência ficou demonstrada pela própria conduta do Senhor Jesus Cristo, durante a Sua permanência nesta terra. Tudo o que Ele viu, pensou, falou, decidiu e fez, foi sempre em obediência a Deus Pai. Essa é a natureza de uma mente renovada, viva, santa e agradável a Deus. Essa é a vida que pulsa dentro de nós, pela fé em Deus e no Senhor Jesus Cristo. Por isso o Senhor diz, através desta carta de Paulo aos Efésios 1:3: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos abençoou com todas as bençãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Tudo foi feito e conquistado na cruz pelo Senhor Jesus para que possamos viver essa vida abençoada. Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente.(1Coríntios 2:12), Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois “quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo?” Nós, porém, temos a mente de Cristo. (versículos 14 a 16).
Nós estamos vivos por causa de Jesus Cristo e do poder do Seu Espírito Santo, por isso o avivamento começa em nós e produz FÉ, SANTIDADE, HUMILDADE e OBEDIÊNCIA. Estas são bençãos que nos encaminham para a vida eterna.




terça-feira, 23 de agosto de 2011

No Salmo 89 tomamos conhecimento das promessas com as quais o Senhor abençoou David, a partir do versículo 19. É o mesmo Senhor que nos quer abençoar hoje:

REVELAÇÃO
Numa visão falaste um dia, e aos teus fiéis disseste:

CONSAGRAÇÃO
Cobri de forças um guerreiro, exaltei um homem escolhido dentre o povo.

PROVIDÊNCIA
Encontrei o meu servo David; ungi-o com o meu óleo sagrado. A minha mão o susterá,
e o meu braço o fará forte.

PROTEÇÃO
Nenhum inimigo o sujeitará a tributos; nenhum injusto o oprimirá. Esmagarei diante dele os seus adversários e destruirei os seus inimigos.

VITÓRIA
A minha fidelidade e o meu amor o acompanharão, e pelo meu nome aumentará o seu poder.

AUTORIDADE
A sua mão dominará até o mar, sua mão direita, até os rios.

CONFIANÇA
Ele me dirá: ‘Tu és o meu Pai, o meu Deus, a Rocha que me salva’.

GRAÇA
Também o nomearei meu primogênito, o mais exaltado dos reis da terra.

ALIANÇA ETERNA
Manterei o meu amor por ele para sempre, e a minha aliança com ele jamais se quebrará.

VIDA ETERNA
Firmarei a sua linhagem para sempre, e o seu trono durará enquanto existirem céus.

DISCIPLINA
Se os seus filhos abandonarem a minha lei e não seguirem as minhas ordenanças, se violarem os meus decretos e deixarem de obedecer aos meus mandamentos, com a vara castigarei o seu pecado, e a sua iniqüidade com açoites;

AMOR
Mas não afastarei dele o meu amor;

FIDELIDADE
Jamais desistirei da minha fidelidade. Não violarei a minha aliança nem modificarei as promessas dos meus lábios.

SANTIDADE
De uma vez para sempre jurei pela minha santidade, e não mentirei a Davi, que a sua linhagem permanecerá para sempre, e o seu trono durará como o sol; será estabelecido para sempre como a lua, a fiel testemunha no céu.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011


Nova consciência

Não tenho nenhuma pretensão de que as palavras escritas neste blog, sejam minhas, sejam de outras pessoas citadas por mim, venham a substituir o que está escrito na Bíblia que é a Palavra de Deus. Pretendo sim partilhar aquilo que aprendo e colocá-lo à prova de quem leia e até não concorde muitas vezes mas tenha o prazer de comunicar em amor, a sua opinião, para crescermos juntos. Nada neste caminhar é estanque. A opinião dos outros é importante porque Deus trabalha em nós, no nosso carácter quando estamos em confronto com outras pessoas, além de que Ele nos fez seres comunicantes. Só há muito pouco tempo é que me tem sido dado a perceber a profundidade do mal contido no orgulho, e o enorme valor que a humildade de coração em oposição tem para Deus. Claro que todos sabemos de uma forma ou outra o que significa orgulho mas eu estou a falar de uma condição, numa busca em Deus do que é a santidade e perceber o que está contido nas palavras de Jesus verdadeiramente. Conhecemos o que está escrito mas não conhecemos o suficiente da profundidade delas. Precisamos de revelação e da graça de Deus a operar no nosso íntimo, para matar o nosso ego, e claro o combustível que o alimenta, ou seja... o orgulho! A humildade é fruto de uma busca de santidade! Estou a aprender, com temor, porque começo verdadeiramente a conhecer o peso que as palavras, os actos, e as intenções têm na nossa caminhada. Tudo é posto à prova. Andrew Murray no seu livro sobre - a humildade- diz: A vida dos santos tem necessáriamente de exibir o selo de liberdade e plena restauração do seu estado original; todo o seu relacionamento com Deus e com o homem tem de ser marcado por uma humildade que a tudo permeia. Sem isso não pode permanecer verdadeiramente na presença de Deus ou experimentar do Seu poder e o poder do Seu Espírito; sem isso não há fé, ou amor, ou regozijo ou força permanentes. Também afirma: Durante muito tempo conhecemos o Senhor sem perceber que a mansidão e a humildade de coração devem ser os aspectos distintivos do discípulo assim como foram do Mestre. Essa humildade não é algo que virá por si mesma, mas deve ser feita o objecto de especial desejo, oração, fé e prática. Vamos ver que quando temos a percepção do nosso orgulho e de nossa impotência para expulsá-lo, o próprio Jesus Cristo virá para dar essa graça também como parte de sua maravilhosa vida dentro de nós. Aqui lembro-me do que o Senhor Jesus falou para Nicodemos em João 3:5: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito. Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É necessário que vocês nasçam de novo. Murray continua: A vida de Deus, a qual, na encarnação, entrou na natureza humana, é a raíz da qual devemos estar firmados e crescer; é o mesmo poder grandioso que trabalhou lá, e desde então ruma para a ressurreição, que trabalha diáriamente em nós. A nossa única necessidade é estudar e conhecer a vida que agora é nossa e espera pelo nosso consentimento para ganhar possessão e domínio em todo o nosso ser. Somos filhos de Deus e temos de diminuir para Ele crescer, como disse João Batista. A diminuição do ego é proporcional ao crescimento da humildade e da liberdade em Cristo. Em Lucas 9:48 lemos: Aquele que é o menor entre vós, esse será o maior. Será que eu me considero a menor entre os irmãos em Cristo? Parece-me que ainda estou como os discípulos de Jesus na Santa Ceia estavam: São impotentes os nossos esforços e todos os ensinamentos externos para vencer o orgulho ou dar o coração manso e humilde. Durante três anos os discípulos andaram com Jesus e ele disse-lhes: Aprendei de mim pois sou manso e humilde. Ele falava assim a todos, às multidões, aos fariseus, aos discípulos. O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir. Ele lavou os pés dos discípulos e disse para eles seguirem o seu exemplo. Mas serviu de pouco. Na Santa Ceia ainda discutiam qual deles seria o maior. Isso ensina-nos que a lição mais necessária é que nenhuma instrução exterior, mesmo vinda de Jesus, nenhum argumento por mais convincente que seja; nenhuma percepção da beleza da humildade, por mais profunda que seja, nenhuma decisão pessoal ou esforço, por mais sincero e sério que seja, pode expulsar o mal do orgulho. Quando satanás expulsa satanás isso serve apenas para introduzir novamente um poder mais forte, ainda mais oculto. Nada pode ser útil, a não ser isto: que a nova natureza em sua divina humildade seja revelada em poder para tomar lugar da velha, para tornar a nossa natureza tão verdadeira como nunca foi. Pelo que eu entendi, Murray está a dizer que o nosso orgulho veio de Adão, resultado da queda e que a nossa humildade vem de Jesus quando a vida de Jesus entra em nós e que nessa nova vida a humildade tem de tal modo ser fácil para nós como era fácil antigamente ser orgulhoso. Ou seja, onde abundou o pecado, transbordou a graça. A humildade de Jesus não consiste meramente em opiniões ou palavras de auto-depreciação, mas como Paulo coloca, em “um coração de humildade”, cercado de compaixão e amabilidade, mansidão e longanimidade,a doce e humilde gentileza reconhecida como a marca do Cordeiro de Deus. Eu entendo assim, que a humildade é como um puxador de porta que ao se rodar a abre para uma nova liberdade, sem peso, sem conflito, sem comparação com os outros e sem complexos. Em esforçar-se por ter as experiências mais elevadas da vida cristã, o crente está frequentemente sob o perigo de visar e de se regozijar no que alguém pode chamar de a virtude mais humana e valorosa, como ousadia, alegria, desprezo ao mundo, zelo, auto-sacrifício – até mesmo os estóicos ensinaram e praticaram isso – enquanto as mais profundas e gentis, as mais divinas e as mais celestiais graças, aquilo que Jesus primeiro ensinou sobre a terra, pois trouxe do céu, aquilo que está mais evidentemente ligado à Sua cruz e com a morte do ego – pobreza de espírito, mansidão, humildade, modéstia – são raramente consideradas ou valorizadas. O homem humilde pode louvar a Deus quando outros são preferidos e abençoados antes de ele ser. Temos de vigiar para que o maligno não ganhe terreno sobre o nosso coração, daí a importância da oração na qual está incluída a comunhão com Deus, meditar na Palavra e pedir revelação e sabedoria ao Senhor. Querer conhecer mais do nosso Senhor e assim entregarmo-nos com amor e temor a Ele. Para que não aconteça connosco o que aconteceu com aquele homem que subiu ao templo para orar, em Lucas 18:11: Ó Deus graças te dou porque não sou como os demais homens...nem ainda como este publicano. O ego acha razão para a sua satisfação naquilo que é apenas o motivo para as acções de graças, nas próprias acções de graças que rendemos a Deus e na própria confissão de que Deus fez tudo isso. Sim, até mesmo no templo, quando a linguagem de penitência e confiança somente na misericórdia de Deus é ouvida, o fariseu pode começar a louvar e agradecendo a Deus, estar a congratular-se a si mesmo. O orgulho pôde vestir-se com vestes de louvor ou de penitência. Deixa-nos a pensar estas palavras, porque faz com que olhemos com outra perspectiva para os nossos corações e para o que acontece dentro de nós."Não existe maior sinal de um orgulho confirmado do que julgar-nos suficientemente humildes", como disse William Law. Jesus está constantemente a avisar-nos quanto a isso. Nos evangelhos especialmente no de João, Jesus revela-nos o tempo todo a importância da humildade e da obediência ao Pai e Seus ensinamentos, Paulo, Pedro, João, Tiago e outros, fizeram o mesmo após o Pentecostes, onde deixaram as questões mais carnais aos pés de Jesus e ganharam o poder do Espírito. Ainda estou só no começo desta nova consciência. Graças a Deus, ela está a abrir-se e a revelar-se a cada dia. Faça comigo esta oração: Querido Pai, que a humildade de Jesus esteja em mim e ao meu redor, pelo Teu poder em Nome de Jesus. Amém!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011


10h da manhã

Quem me dera arranjar um lugarzinho para o carro mais perto da porta. O culto já deve estar a começar e os lugares mais à frente devem estar todos ocupados. Não gosto nada de ficar atrás, porque quando todos se levantam eu não vejo bem o altar. Bolas, se ao menos tivesse convencido o meu Manel a vir, tinha companhia...mas ele não quer nada com Deus, nem com as coisas da igreja... diz que são todos uns ladrões, paciência, Deus ainda há-de tocar no coração dele, tenho fé...o que será que ele fica a fazer enquanto eu estou na igreja? Deve ir para o café! Olha só, quanta gente hoje, já começaram os louvores... não gosto nada deste louvor. É muito mexido! Gosto daqueles que me fazem chorar com as mãos no ar... isso sim, são corinhos lindos, mas este parece que estou a ver o festival da canção. Aqui não me sento, aquele homem não tem bom aspecto, até parece que bebeu, vou mais lá para a frente, aqui está bom. Que lindo vestido tem a mulher do pastor, e pintou o cabelo, fica-lhe assim assim aquele corte de cabelo, e aquela cor do vestido não lhe cai bem, haviam de ver quando eu era mais nova, isso sim fazia rodar algumas cabeças na rua... sorriso...olha o pastor vai falar...bommmm dia!!! Tudo bemmmmm!!! Amémmmmm!!! Aleluia!!! É para abrir a Bíblia onde? Onde? Bolas não ouvi, vou perguntar à irmã aqui ao lado, ela nem olha para mim tenho vergonha de interromper... bom, vou fingir que estou a perceber tudo...tou perdida! Que irei fazer para o almoço? Não estou com imaginação nenhuma... tenho umas costeletas descongeladas, talvez se fizer um arroz e uma salada... o meu Manel é que está farto de costeletas...talvez umas entremeadas com batatas a murro... é mais fácil e ele pode fazer o lume com o carvão, ele tem jeito para essas coisas. Vou fingir que vou à casa de banho para lhe telefonar a avisá-lo e para ele comprar umas cervejitas...não tem mal pois não? Jesus também bebia vinho, parece-me até que a cerveja é mais fraca e até se recomenda às grávidas. O pastor é tão sério, que grande fé ele deve ter...vê-se logo pelo jeito dele e culto também, sabe versículos de cor e tudo. O meu Manel só percebe de bola. Será que é a mulher do pastor que lhe passa as camisas? Porque é que o general teve de tomar banho sete vezes no rio Jordão? Não bastava uma? Ás vezes é dificil de entender a Bíblia. E o tal profeta que não aceitou os presentes que o general tinha para lhe dar? Não se percebe! Até é uma falta de educação. A mim se me sair o euromilhões toda a gente que eu conheço terá uma fatia. Isso é que é ser generosa. E depois eu e o meu Manel vamos até Tróia comer uma mariscada. Isso é que é benção! Vamos orar sim...baixar a cabeça...dar as mãos aos irmãos do lado...este aqui tem a mão suada... que nojo...enfim...nunca consegui falar em línguas...é tão esquisito isso...se o meu Manel ouvisse então é que dizia que éramos todos loucos e nunca mais cá punha os pés...ele é muito terra a terra e estas coisas fazem-lhe confusão... até a mim. Acho que vou sair um pouquinho mais cedo para não apanhar a enchente da saída e o carro ainda está longe...espero que ninguém me tenha entalado porque estou a ficar com uma espécie de pressa e com fome também. Bom... lá vou...ninguém dá por isso. Glória a Deus! Amém Jesus!

Se vem à igreja para conversar consigo própria, nem se dê ao trabalho, Deus fica à espera!

domingo, 14 de agosto de 2011

O ilusionista

Um ilusionista é alguém que fabrica ilusões. E uma ilusão é um engano dos sentidos, um engano de pensamento ou uma esperança irrealizável. Eu sei que satanás é o rei do ilusionismo. Vejam só, satanás não cria nada, ele não tem esse poder. Mas a partir de algo que Deus criou, ele é capaz de transformar uma coisa boa, numa coisa má. Pode “agarrar” uma verdade e transformá-la numa mentira. Vou dar um exemplo: Uma mãe ama a sua filha e a filha sente-se segura nesse amor. Isso é algo bom e verdadeiro vindo de Deus. Um dia a filha pequenina perde-se da mãe e fica completamente apavorada. Pela primeira vez percebe que está só e sem segurança e o medo toma conta dela. Satanás plantou uma semente maligna na criança. Agora bastava esperar, deixá-la crescer e regá-la de vez em quando. Quando chega a altura de ir para a escola, a criança é separada do seu “porto de abrigo” que é a mãe e encontra-se numa casa que não conhece, rodeada de pessoas que não conhece, a aprender coisas que não lhe interessam e odeia tudo isso. Insiste com todas as suas forças para demonstrar à mãe o quanto odeia ir para a escola: vomita, deita sangue pelo nariz, chora, bate nos colegas mas não consegue convencer a mãe, que continua a mandá-la para aquele lugar, que ela odeia, dia após dia. Então a criança chega à conclusão que a mãe não a ama. Na sua pequenina mente ela estabelece uma ligação: disciplina é sinónimo de que não a amam. Ela passa a odiar a disciplina. E descobriu a evasão mental. A criança cresceu nessa ilusão, nessa mentira. Satanás alimentou essa evasão anos e anos até que ao mais pequeno sinal de alarme interno, a auto-defesa já se levantava e a evasão era automática. Todo o seu emocional ficou submetido e condicionado ao medo de não ser amada. Cada indivíduo tem a sua prisão e as suas máscaras. Porquê? Porque a Palavra de Deus que é a Bíblia informa-nos que o mundo jaz no maligno. E o maligno é satanás. O mundo foi-lhe entregue por Adão e Eva quando pecaram. Custa a entender estas coisas porque Deus poderia acabar com satanás e as suas maldades com um simples sopro da Sua poderosa boca mas não o faz e no entanto Ele ama-nos. Na verdade, satanás esforça-se para nos provar que Deus não nos ama, da mesma forma como quis provar à criança que a sua mãe não a amava quando a obrigava a ir para a escola. Ele só transformou a verdade do amor da mãe por sua filha, numa ilusão mentirosa. É por isso que ele é o pai da mentira (João 8:44) e só veio para roubar, matar e destruir (João 10:10). Mas quando Jesus vem até nós, através do Seu Santo Espírito, mostrando-nos o pecado e a liberdade, satanás nada pode fazer, quando nos rendemos ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo que o derrotou na cruz do Calvário: Aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado é do Diabo, porque o Diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. (1João 3:7b,8), Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade. E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem (o evangelho da glória) estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito. (2Coríntios 4: 17,18), O deus desta era (satanás) cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Mas não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus. Pois Deus, que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. (2Coríntios 4:4 a 6). Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo. (1Coríntios 11:32), Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele lhes dirige como a filhos: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho”. (Hebreus12:5,6). A pessoa que se defende para não ser magoada, não é capaz de se libertar desses demónios opressivos instalados na sua mente. Mas quando verdadeiramente se entrega a Jesus Cristo, o Espírito Santo vai capacitá-la com o Seu poder, para ela criar confiança em Jesus e Lhe entregar os seus fardos, dos quais muitas vezes ela nem sabe que os tem, por a mentira já se ter tornado uma verdade na sua vida. A ilusão de que se vive uma vida boa por vezes nos é mostrada quando sentimos um vazio, uma sensação de que algo não está bem connosco. Mas tudo isso só é verdadeiramente revelado e curado quando Jesus opera o seu poder curativo nas nossas feridas e nos liberta da opressão de satanás. Carregar a nossa cruz e seguir Jesus como Ele nos aconselha, é na verdade doloroso. Olhar para o pecado que está em nós quando ele vem das trevas para a luz, dói, porque sabemos o mal que está nele, mas a liberdade que experimentamos quando somos curados e vivemos a paz que excede todo o entendimento, garante-nos que não estamos sós e que Deus é o nosso Pai: Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao SENHOR: “Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio”. (Salmo 91:1,2).

O processo de libertação

Quem é que nunca ouviu a seguinte frase: A vida é minha, faço dela o que eu quiser e ninguém tem nada a ver com isso! Esta frase e tudo o que ela implica, morre no coração e nos lábios de um cristão. A vida, essa que afirmamos ser nossa, entregamo-la a Jesus na esperança de que Ele cuide dela, pois Ele é o nosso Deus e Salvador. Todo o cristão faz parte de uma família que não nasceu da carne e do sangue mas nasceu de Deus. Essa nova família chama-se Corpo de Cristo. Não somos obrigados a pertencer a essa família. Antes, decidimos carregar as nossas cruzes e seguir Jesus. E Ele diz que nós somos o Seu Corpo e isso é algo sagrado. Como tal temos de nos comportar de uma forma santa e consagrada a Ele. Deus vai cuidar de cada membro desse corpo individualmente, tratando-o, curando-o, limpando-o, banhando-o no Seu rio de águas vivas limpas e puras, perfumando-o com um aroma agradável a Ele. É preciso crer nisso para confiar de que o Senhor usa irmãos em Cristo, para nos ajudar a ver e a tratar o que não está bem e não está de acordo com a vontade de Deus. Isso implica exposição dos nossos egos, o que envolve trazer à luz os nossos pecados, medos, complexos, defeitos, traumas, doenças, e tantas outras coisas sobre nós que por vezes desconhecemos mas que estão enraizadas nos nossos corações. Essa exposição vai fazer-nos sofrer. Você que está a ler isto, recorda-se da menina do princípio deste texto, que cresceu com medo de não ser amada, devido às maldosas e ilusórias manipulações de satanás? Está curada desse medo! O Senhor, através do Seu grande amor e poder, trouxe à luz essas trevas e todos os pecados subjacentes a elas. O apóstolo Paulo disse assim: Se devo orgulhar-me, que seja nas coisas que mostram a minha fraqueza. (2Coríntios 11:30). Pois, quando sou fraco é que sou forte. (2Coríntios12:10b). Tudo é trazido à luz no corpo de Cristo e é lá tudo exposto, tratado e sarado. Não estou a dizer que o corpo de Cristo vá substituir a comunhão individual que cada um procura ter com o Senhor. Mas estou a dizer que o Senhor decidiu que teríamos de depender uns dos outros em profunda afeição e amor para sermos ajudados. Deus usa irmãos em Cristo para nos tratar. Porque esses medos levam algumas vezes a pecar contra irmãos, aos quais teremos de pedir perdão com sincero arrependimento e isso expõe os nossos podres, os nossos pecados perante eles. Derruba as máscaras que arrastamos do passado e onde nos escondemos. Temos de descansar no abrigo e à sombra do Altíssimo sabendo que Ele é o nosso refúgio, a nossa fortaleza e confiar Nele, ao ponto de não importar mais o que irão pensar de nós. Só importa o que o Senhor pensa de nós e isso humilha o nosso ego altamente alimentado pelo orgulho. Mas também, conduz-nos depois a um local de verdadeira liberdade, onde a opressão já não existe, onde cremos que somos amados pelo nosso Pai, pelo Espírito Santo que habita em nós. Vem uma paz que realmente excede todo o entendimento e um bálsamo que restaura as nossas forças espirituais, emocionais e físicas. Experimentamos a misericórdia do Senhor. O Senhor diz assim: Quero, porém, que entendam que o cabeça de todo homem é Cristo, e o cabeça da mulher é o homem, e o cabeça de Cristo é Deus. (1Coríntios 11:3), Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou (Jesus) cabeça de todas as coisas para a igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância. (Efésios 1:22,23), Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. (1Coríntios 12:27). Dizemos: Deus ajuda-me a ser um vaso novo, a andar no teu caminho. E o Senhor responde assim: E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função. (Efésios 4:11 a 16). Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. (Filipenses 2:1 a 4). Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo. (Gálatas 6:2).