O que é natural...é mau!
Quanto mais leio a Palavra de Deus, mais percebo que, as religiões são a parte mais importante que satanás usa, para tentar diluir a Verdade, já que não consegue acabar com ela.
E passados mais de dois mil anos que a Bíblia está divulgada, continuo a interrogar-me, qual é a razão por que tantos ditos cristãos querem voltar à Lei da antiga aliança, fraca e sem poder, - Gálatas 4:9 - transformando as suas congregações em híbridos que não estão completamente na Lei, nem completamente no Cristianismo? Ainda por cima, quando toda a Lei se resume a um só mandamento, que é absolutamente comum às duas alianças: a antiga feita com o povo de Israel e a nova feita com o mundo todo, que é: Ama o teu próximo como a ti mesmo? Talvez interpretações erradas das profecias da antiga aliança, a aceitação de doutrinas falsas, os ritos judaizantes ou em resumo: a ignorância espiritual e claro, a incredulidade para crer no que o Evangelho e os seus escritores afirmam...incluindo o Senhor Jesus, possam estar também na origem da vontade de voltar à maldição e escravidão da Lei.
Mas o homem natural, seja qual for a religião, gosta da solenidade dos rituais, das festas e dos feriados religiosos, os dias especiais; gosta da pomposidade do clero, da própria existência do clero; gosta dos artefactos movidos ritualmente, do tamanho e da riqueza dos seus templos, da talha dourada, gostam de soprar num corno de carneiro, gostam das ladaínhas embaladoras, dos púlpitos e altares, de beber sumo de uva a fingir que é vinho, e de derreter hóstias na língua; gostam de romarias e peregrinações e do turismo religioso; gostam das tradições humanas e de pertencerem a algo com séculos de existência, dá-lhes a sensação de seguirem algo credível, etc, etc; as pessoas gostam de tudo isto e têm orgulho espiritual de se mostrarem para os outros.
A verdade do Cristianismo não tem nada disso! A única coisa que o Senhor Jesus nos deixou para celebrarmos, é a Ceia, comer o pão e beber o vinho, como memorial do que Ele fez por nós na cruz do Calvário. O Cristianismo não é focado em coisas e locais, edifícios e rituais; o Cristianismo é focado no Senhor Jesus e na santidade das pessoas que querem segui-Lo, e não na aparência delas mas no que se passa no seu íntimo. O Cristianismo é focado no amor fraternal e não em pertencer a este ou aquele credo ou denominação religiosa a que chamo empresas eclesiásticas. O Cristianismo é focado no Espírito Santo, nos seus dons e ministérios que Ele distribui conforme quer, para que a igreja seja unida em amor e edificada, tendo o Senhor Jesus como o seu Cabeça - autoridade máxima. Não se lê no Novo Testamento a existência de "igrejas”presbiterianas, metodistas, evangélicas, católico-romanas, ortodoxas, mórmons, adventistas, pentecostais, etc, nem sequer: calvinistas, luteranas, milenistas, pós-milenistas e sei lá que mais, a lista é infindável, mas tudo isto serve para fomentar a divisão. A placa da "igreja" não salva ninguém!
Todos reivindicam a salvação a quem faça parte da sua instituição religiosa e eu considero isso uma enorme falta de temor a Deus, ao Senhor Jesus.
Cultos apinhados de gente onde ninguém se conhece e onde todos são "orelha" a ouvir uma "boca" a falar-lhes em cima de um suposto altar, não podem replicar o que é ensinado em 1Coríntios 14:26-33 ou em Efésios 5:15-21, e isso é que é sobrenatural!
Mas não, o natural sobrepõe-se ao sobrenatural, porque a santidade é chutada para o balde do lixo do mundo. O natural é os crentes dirigirem-se à "igreja" e assistirem ao culto e ouvirem o "pastor", "padre", "apóstolo", pregar-lhes o sermão, que até, num rasgo de modernidade podem ser feitos pela inteligência artificial; depois cantam uns "corinhos", cumprimentam quem esteja ao seu lado, dizimam e voltam para casa; ou então dedicam um pouco mais do seu tempo para fazerem a "campanha da prosperidade" e outras semelhantes, cujo único objectivo é firmarem o crente-cliente na denominação e sacar-lhes dinheiro, enquanto ele aguarda pela "chuva de bençãos" que tarda a vir, mas observando o carro, o avião e o "apóstolo" a prosperar, espelha-se nele por mais um tempo.
Tudo isto inverte as prioridades da prosperidade bíblica, que nada tem a ver com a prosperidade do mundo cujo padrão muitos seguem dentro das denominações e que se baseia na: cobiça da carne, cobiça dos olhos e a ostentação da vida, que não vem do Pai. – 1João 2:16; nada tem a ver com Mámom mas com sermos santos e irrepreensíveis na Presença de Deus.
Tiago 4:2, afirma que o crente não recebe o que pede, porque pede por motivos errados; por cobiçarem coisas e invejarem os que as têm; pedem e não recebem, porque pedem para os seus próprios prazeres e não os de Deus.
No Novo Testamento, nenhum apóstolo ou discípulo do Senhor Jesus, percorreu o mundo para ficar rico, para que a sua denominação fosse grande e rica com muitos dizimistas, de preferência com empresários de sucesso e famosos com dízimos altos. Eles não viajavam nos seus próprios veleiros nem em carruagens luxuosas; não tinham departamentos financeiros e de relações públicas; não tinham directores, CEO's, gráficas, gravadoras, nem ministérios de louvor, shows “gospel”, mas eram santos e davam a máxima importância à santidade e pregavam o Evangelho sem espectáculos para atrair “gente nova”, nem se conformaram a ideias pagãs nem a doutrinas espúrias. Mas é claro que viveram a fase de transição do judaísmo para o Cristianismo; apenas tinham as Escrituras escritas e não tinham o Novo Testamento escrito...estavam a vivê-lo e a escrevê-lo e todos deram as suas vidas pelo Evangelho.
Desconfio que os “apóstolos” modernos, dentro dos seus bólides e aviões com os seus guarda-costas contratados, não podem fazer o que eles fizeram há mais de dois mil anos atrás e ao ritmo que andaram. Não podem dizer o que o apóstolo Pedro disse ao aleijado pedinte: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou: Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, ande.” - Actos 3:6.
A apostasia está mais do que instalada, pois o afastamento da fé e do Evangelho é mais do que notório, mas é inevitável, porque o Senhor disse que ela iria acontecer; Ele disse que muitos iriam dar ouvidos a doutrinas de demónios e espíritos enganadores – 1Timóteo 4:1.
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