domingo, 23 de outubro de 2011

Antes que o natal chegue...

O Natal é para as crianças, não é assim que já pensa a maioria das pessoas que conhece? As crianças é que desfrutam das delícias dos presentes, dos sonhos e das rabanadas. É por elas que se enfeitam as casas, se decoram as árvores e se fazem presépios, por elas e pelos visitantes dos municípios. São elas que ainda acreditam no menino Jesus e vibram com o pai natal. São adoráveis os olhares de cobiça pelos presentes embrulhados e as mãozinhas frenéticas para puxar laçarotes. A vontade de os agradar e de comprar o seu afecto, é irresistível. É por elas que os pais se atarefam e se arrastam pelos centros comerciais à procura de preços competitivos, porque elas, cada vez mais, são exigentes e sabem muito bem o que pediram nas cartinhas que escreveram na escola ao pai natal; já não se contentam com os presentes da loja do chinês. As crianças sabem muito bem, que esses dias que antecedem o natal são-lhes favoráveis e os pais estão mais vulneráveis tanto emocionalmente quanto materialmente. O natal é para as crianças e isso resume tudo! Aquilo que soa como uma frase meiga e carinhosa, esconde o stress em que os adultos estão. O natal para os adultos é uma fonte de nervoseira e correria... um verdadeiro tormento! No natal os adultos querem agradar a todos e não há tempo nem dinheiro para isso. Então os adultos, antes de começar o natal já estão angustiados e durante o natal ficam mais deprimidos; quando ele acaba é um alívio enorme, fica só o pensamento de que “agora só daqui a um ano”, e a preocupação de pagar o cartão de crédito. Porque é que o natal tem de ser assim e porque é que ele se transformou nisto? A Bíblia diz que há coisas que têm a aparência de piedade mas que são falsas. A religiosidade e as tradições dos homens têm a tendência a perverter a verdade e de transformar algo santo em algo profano. Aconteceu com o natal exactamente isso! Transformou-se em algo profano porque o verdadeiro significado e valor natalícios, já não têm expressão, nem vem à memória das pessoas, de que se está a comemorar o nascimento do Senhor Jesus. É Ele quem de facto faz anos e deveria receber os presentes! Mas a verdade é que as pessoas já não sabem e nem querem, adorar, homenagear e presentear o aniversariante, que é o Deus vivo. Transformaram o natal numa festa familiar pagã e o resultado está à vista; sofrem as consequências inerentes de quem se esquece de Deus e o substitui por aquilo que infelizmente, é mais importante nas suas vidas: o dinheiro e o prazer. Só que não existe prazer sem dinheiro, ou seja, não há consoada farta, nem grandes presentes debaixo da árvore de natal, nem oh!oh!oh!, nem grandes expectativas e sorrisos. Fica a desilusão,a culpa e o fracasso. Não existe verdadeiro prazer quando não se tem o Senhor Jesus no coração! Não se pode substituir Deus Pai Criador pelo ridículo boneco velho e obeso a quem chamam pai natal e não pagar o preço disso. De Deus não se zomba. O tormento que as pessoas vivem e se acentua de uma forma extravagante nesta época, é derivado da sua falta de amor, de respeito, de temor ao que Deus é, e do que Deus faz por elas, dia após dia. E no dia em se comemora o aniversário do Seu Filho Jesus, que deu a Sua preciosa vida por todos nós, ninguém se lembra Dele a não ser como um artefacto de decoração, que se coloca por cima da chaminé da lareira da sala para compor o ambiente. Jesus está em último plano no Seu dia de anos! Primeiro vêm as crianças, depois o resto da família, depois a jantarada, depois os presentes, depois o programa da televisão, depois o pai natal, a seguir a missa do galo, o encontro com os amigos e qual o bar que poderá estar aberto nesta noite. Jesus? De quem é que está a falar? É do treinador do Benfica? O cristão está livre dessa opressão das compras desenfreadas, dessas correrias, desse desgaste, porque ele sabe a quem deve render adoração e louvor, não só nesse dia, mas em todos os dias do ano, até ao final da sua vida. E isso basta para lhe encher o coração.

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