sexta-feira, 10 de junho de 2011

EU É QUE DECIDO!

No mundo todo havia apenas uma língua, um só modo de falar. Saindo os homens do Oriente, encontraram uma planície em Sinear e ali se fixaram. Disseram uns aos outros: “Vamos fazer tijolos e queimá-los bem”. Usavam tijolos em lugar de pedras, e piche em vez de argamassa. Depois disseram: “Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra”. O SENHOR desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo. E disse o SENHOR: “Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer. Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros”. Assim o SENHOR os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade. Por isso foi chamada Babel, porque ali o SENHOR confundiu a língua de todo o mundo. Dali o SENHOR os espalhou por toda a terra. (Genesis 11:1 a 9)

Quando duas pessoas não se entendem numa conversa, muitas vezes dizem: “Não falamos a mesma língua”. São mais do que óbvias as tentativas que a humanidade faz para falar uma língua que seja comum à maioria, para que os seus planos e negócios sejam levados àvante e concretizados. Isso é o que relata este episódio de Genesis e desde esse tempo até aos dias de hoje nada mudou. Somos o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. O bem e o mal; o certo e o errado visto pelo nosso prisma. Queremos decidir e resolver tudo o que diz respeito às nossas vidas, sem consultar Deus. As guerras, a fome, a miséria são algumas das consequências dessas decisões. E Deus consente porque Ele nos deu liberdade para escolhermos. Quanto mais decidimos de acordo com os nossos raciocínios, mais nos afastamos do que Deus aconselha: Não sejam sábios aos seus próprios olhos. (Romanos 12:16b). Deus nunca os mandou se fixarem na planície de Sinear e construírem uma cidade. Mas eles decidiram fazer o contrário. Eles queriam ficar juntos enquanto Deus queria espalhá-los pelo mundo. Eles queriam fixar-se num lugar, enquanto Deus os queria a viverem em tendas e a povoarem o mundo todo. Com os seus raciocínios e com os talentos que Deus lhes deu, iniciaram a construção de uma cidade e de uma torre. Essa torre supostamente chegaria aos céus, orgulhosamente, para provarem a Deus que também são capazes de fazer algo grandioso sem a Sua ajuda. E assim somos nós ainda. Sempre convencidos que não precisamos de Deus nas nossas vidas. As nossas invenções e descobertas científicas marginalizam ou substituem Deus. Essa é a maior expressão de orgulho que podemos ter e foi exactamente o que os homens que construíam a torre de Babel pensaram também: Somos capazes de grandes feitos sem a ajuda de Deus. Aliás vamos até “bater-lhe à porta” porque esta torre vai chegar aos céus. Ou o vaivém há-de ir até Marte, a Lua já está conquistada, os oceanos explorados, a terra desbravada. Tudo feito a partir dos nossos esboços, raciocínios, engenhos e esforços. Somos importantes! Na verdade os homens de Genesis 11, só tinham a promessa de Deus para as suas vidas e tiveram medo de colocar a sua fé nela. Essa é a mesma dificuldade dos dias de hoje. As pessoas têm “fé” na ciência e em teorias científicas, têm “fé” no dinheiro e no que ele lhes poderá proporcionar, têm “fé” nos médicos, têm “fé” nas carreiras profissionais, etc. Mas não têm fé em Deus. Quanto mais importantes se acham menos querem saber de Deus: E são as Escrituras que testemunham a meu respeito; contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida. (João 5:39b,40; O conhecimento traz orgulho, mas o amor edifica. Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria. Mas quem ama a Deus, este é conhecido por Deus. (1Coríntios 8:1b a 3); Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”. (Tiago 4:6). E foi o que aconteceu lá, na planície de Sinear! Deus confundiu a língua deles e já ninguém se entendia. Os planos de construção da cidade esvaíram-se. Tornaram-se estranhos uns para os outros. E Deus conduziu-os ao Seu plano inicial, de espalhá-los pelo mundo todo, para o povoarem. Onde está o sábio? Onde está o erudito? Onde está o questionador desta era? Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? (1Coríntios 1:20)

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